“Estou numa idade em que dou-me ao luxo de
sair nas ruas com a maior tranquilidade e parar para contemplar uma árvore, um
pássaro, um transeunte - sem temer o ridículo. Dia destes, quando cruzava a
Praça Rui Barbosa, vi uma pena de pombo cair na calçada.
Apanhei-a,
contemplando-a, e na hora pensei num poema.
Como tinha apenas um lenço de papel, foi nele que escrevi:
Como tinha apenas um lenço de papel, foi nele que escrevi:
‘Apanhei na calçada
Uma pena de pombo
Aprisionei
Um momento
De vôo e vento’”.
Helena Kolody
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