"Pintou estrelas no muro e teve o céu ao alcance das mãos."

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

 Aluna: Fernanda - 1ºA-EM
 Aluno: Leonardo - 1ºA-EM
Aluna: Gabrielly - 1ºA-EM

Trabalho de Língua Portuguesa – Turma: 2ºA - EM
Professora: Bruna Rodrigues de Souza
Produção de Haicais – Temas: “Estações do Ano” e “Natureza

Chuva lá fora
Os pássaros molhados
Foram embora
Autor: aluno Willian

Vai florescendo:
Flores se espalhando
Linda Primavera!
Autora: aluna Adriana

Folhas caindo
É o tempo das frutas
Outono chegou!
Autora: aluna Loíde

O sol que brilha
Aquece dias frios
Verão que chega
Autora: aluna Juliana

A flor se abre
A primavera chega
Perfumes no ar!
Autor: aluno Henrique James

O arco-íris
Com suas lindas cores
Enfeita o céu!
Autora: aluna Kelly

As folhas secas
Caem com o vento forte
Nascem as verdes
Autor: aluno Gustavo

Antes da chuva
Vaga-lumes avisam:
Chegou o verão!
Autora: aluna Thayany

Planeta terra
Implora por socorro.
Vamos ajudar!
Autora: aluna Rubiane

quinta-feira, 23 de agosto de 2012


RETRATO ANTIGO
Quem é essa
que me olha
de tão longe,
com olhos que foram meus?

                                    Helena Kolody


Encantamento
A tarde jogou os seus sete véus luminosos
sobre a montanha,
e ficou toda nua dançando
com sombras de crepúsculo
a escorrerem-lhe, suaves, pela pele dourada...
...e ficou toda nua dançando
na campina
ao som da harpa encantada do silêncio...
Tasso da Silveira - Livro As Imagens Acesas: Poemas

O poeta Tasso da Silveira escreve em 1952: “A poesia de Helena Kolody é feita de amargor e sabedoria a um só tempo. E traz a marca do poeta verdadeiro: a do amor profundo ao vocábulo. Permitam-me esta definição: poeta é o que ama de amor profundo o vocábulo. Porque o vocábulo é o plasma virgem em que ele modela seu mundo de beleza”.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

25 de Julho - Dia do Escritor
"É verdade que, no fundo, todo poeta é autor e leitor de seu poema. É autor na hora da inspiração, quando entra ‘em estado de poesia’. (...) No momento da inspiração, somos autores. Depois, o poeta lê o poema, avalia a composição, corta, acrescenta, substitui vocábulos. É a fase do leitor". (Helena Kolody)

"O escritor está sempre trabalhando em um livro, mesmo quando não está escrevendo." (Antonio Callado)

"Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem isto o que queria dizer." (Érico Veríssimo)

"O mundo é um belo livro, mas com pouca utilidade para quem não sabe ler." (Carlo Goldoni)

terça-feira, 26 de junho de 2012

"Na hora, invade-me a indizível alegria de criar."
                    Helena Kolody

Noites de junho

Noite fria, tão fria de junho
Os balões para o céu vão subindo
Entre as nuvens aos poucos sumindo
Envoltos num tênue véu

Os balões devem ser com certeza
As estrelas aqui desse mundo
As estrelas do espaço profundo
São os balões lá do céu

Balão do meu sonho dourado
Subiste enfeitado, cheinho de luz
Depois as crianças tascaram
Rasgaram teu bojo de listas azuis

E tu que invejando as estrelas
Sonhavas ao vê-las ser astro no céu
Hoje, balão apagado, acabas rasgado
Em trapos ao léu
     Composição: Alberto Ribeiro e João de Barro

"Se não chover nem ventar,
se a lua e o sol forem limpos
e houver festa pelo mar,
- ir-te-ei visitar.

Se o chão se cobrir de flor,
e o endereço estiver claro,
e o mundo livre de dor,
- ir-te-ei ver, amor.

Se o tempo não tiver fim,
se a terra e o céu se encontrarem
à porta do teu jardim
- espera por mim.

Cantarei minha canção
com violas de eternamente
que são de alma e em alma estão.
- De outro modo, não."
                              Cecília Meireles

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Inverno
No céu de cristal,
cintila o sol sem calor.

Sopra um vento frio.

Tiritam árvores nuas

nos campos que a 

geada veste.
                             Helena Kolody

Quero apenas
Além de mim, quero apenas
essa tranquilidade de campos de flores
e este gesto impreciso
recompondo a infância.
Além de mim
– e entre mim e meu deserto –
quero apenas silêncio,
cúmplice absoluto do meu verso,
tecendo a teia do vestígio
com cuidado de aranha.
                           Olga Savary

Olga Savary, poetisa e tradutora de renome diz:A poesia solar de Helena Kolody nos mostra a verdade, a beleza e a dignidade do ser humano e, em última instância, da vida”.

Este é o inverno
Um frio de leve
vem pra ficar.
A brisa suave
faz a árvore balançar.
O vento sopra
assobiando.
O céu escuro
vai ficando.
As nuvens passam
de mansinho.
A chuva chega
devagarinho.
As pessoas correm
abrindo guarda-chuvas.
Vi um homem de casaco
e uma mulher de luvas.
É esse o inverno
sorrateiro.
Vem chegando
e nem avisa primeiro.

1º Informativo Bimestral - Ano 2012
Grêmio Estudantil Silvano de Siqueira
Com um espaço dedicado a obra de Helena Kolody

 

segunda-feira, 11 de junho de 2012


O rumo do meu barco

Já inspecionei a proa,
amarrei a carga,
desatei a vela.
O vento sopra forte e
enfuna meu coração
de alegria.
Agora é contigo, Senhor.
Toma o leme e risca
                                              o rumo do meu barco – não
                                              penses que irei por
                                             este mar sozinho.

                                                                                            Jamil Snege

         


 Snege sobre Helena Kolody:
“Tem espírito, é uma sensitiva. Já nasceu poeta”.

RESSONÂNCIA
Bate breve o gongo.
Na amplidão do templo ecoa
o som lento e longo. 

                          Helena Kolody

quarta-feira, 23 de maio de 2012


“Quando menos espero, e nas ocasiões mais imprevistas, começo a sonhar palavras". 
         Helena Kolody

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos"  
        Fernando Pessoa

segunda-feira, 14 de maio de 2012


13 de Maio – Dias das Mães
O colégio promoveu um evento em homenagem às “mães”, com várias apresentações dos alunos e distribuição de brindes ofertados pelos professores e funcionários.

A chuva não foi barreira
Que nada, até foi parceira
Num momento de amor maternal
Guarda chuvas e sombrinhas, multi cor
O pátio parecendo um jardim, em flor
Amizades, carinhos, sorrisos, sem igual
E ninguém foi embora, era alegria,
Mãe, homenagem, encanto e magia
A música do palco e a orquestra natural
Cada pingo de chuva lava a alma
Deus, abençoe, dê saúde e calma
E proteja nossas mães de todo e qualquer mal.

Foi festa: presentes, lágrimas de emoção...
Um real momento de deixar pulsar o coração
Um sereno instante em que foi falado
Pras tias, pras vós, pros pais, pra toda gente
Que é “mãe”, porque ser mãe é diferente
O mais honesto, sincero e carinhoso: OBRIGADO!
                                CEJW 05/2012

terça-feira, 8 de maio de 2012


"Perdeu-se em nada,
caminhou sozinho,
a perseguir um grande sonho louco.

(E a felicidade
era aquele pouco
que desprezou ao longo do caminho)"

    Helena Kolody (A Miragem no caminho - 1978)

“O poeta, a princípio, escreve para si mesmo, entrega-se ao prazer de criar; depois, quer alcançar o leitor. Sem isso, a poesia deixa de ser comunicação”. 
            Helena Kolody

“No começo, eu tinha o entusiasmo da juventude. Pedia a Deus que me desse forças para mudar a humanidade. Aos poucos, percebi que isto era impossível. Então passei a pedir a Deus que me desse forças para mudar quem estava a minha volta.
Agora já estou velho, e minha oração é muito mais simples. Peço a Deus o que devia ter pedido desde o começo. Peço para que consiga mudar a mim mesmo”.
                 Paulo Coelho

quinta-feira, 3 de maio de 2012


Os alunos da professora Etieni, da disciplina de Arte, também começaram a postar nesse espaço suas atividades em alusão ao Centário de Helena Kolody. Vamos conferir:




quarta-feira, 2 de maio de 2012


“A sensibilidade do poeta é como a da harpa eólica que os gregos penduravam nas árvores, e que vibrava com o menor sopro de vento. Ele vibra intensamente, não só com as próprias emoções; capta, com o radar da imaginação, o sentir do outro, o viver do outro. Esse ver os outros com os olhos da imaginação é, também, um dom do poeta; nem sempre é a sua própria experiência que ele expressa em versos. Incorporamos em nossa experiência as vivências alheias que nos atingem, nos alegram, ou nos fazem sofrer”. 
                                                   Helena Kolody
1 de Maio - Dia do Trabalho

O Professor João Faustino da Silva, um dos colabores do blog, pesquisou várias frases e pensamentos que representam o significado desta data. Confiram:



 

"Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida".
(Confúcio)

"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário".
(Albert Einstein)

"O trabalho é, na maioria das vezes, o pai do prazer".
(Voltaire)

"O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra".
(Aristóteles)

"Nunca é perdido o tempo dedicado ao trabalho".
(Ralph Waldo Emerson)

"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensação de vitória".
(Jack Kemp)

"O trabalho agradável é o remédio da canseira".
(William Shakespeare)

quinta-feira, 26 de abril de 2012


"Nas mãos inspiradas
nascem antigas palavras
com novo matiz".
            Helena Kolody
26 de Abril - Dia do Goleiro

"Goleiro, para ser bom, tem de dormir com a bola. Se for casado, com as duas".
         João Saldanha 


 
"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".
        Augusto Branco

quarta-feira, 25 de abril de 2012


“Estou numa idade em que dou-me ao luxo de sair nas ruas com a maior tranquilidade e parar para contemplar uma árvore, um pássaro, um transeunte - sem temer o ridículo. Dia destes, quando cruzava a Praça Rui Barbosa, vi uma pena de pombo cair na calçada. 
Apanhei-a, contemplando-a, e na hora pensei num poema. 

Como tinha apenas um lenço de papel, foi nele que escrevi:

 ‘Apanhei na calçada
Uma pena de pombo
Aprisionei
Um momento
De vôo e vento’”.
                                                                                                        Helena Kolody

Divagações atemporais
Ele, Senhor do tempo,
colhe flores
distrai-se a sentir a respiração do jardim,
cada flor
cada corpo
cada organismo
e ainda o caule
por onde corre
a seiva
verde
de todas as hipóteses.
Eu fui essa árvore.
(Poemas de Letícia Volpi, Jussara Salazar, 2002)

terça-feira, 24 de abril de 2012


            FELICIDADE

Oh, a luta arrebata para a vida!
A dor exalta como um vinho quente!
Por isto, é herói quem sofre! A dor, somente,
A alma estimula a glória pressentida...

Mas, a ventura, a doce paz, a ardente
Felicidade – efêmera guarida... –
Como nos canta na alma comovida
Canções de morte, suaves... suavemente...
Ah! Perpetuar num sono derradeiro
O suspiro de alívio... E à dor do mundo
Fugir, sem mais querer o que se quis...

Ao silêncio entregar o ser inteiro,
Não mais sair desse êxtase profundo,
Para não deixar mais de ser feliz...
(Tasso da Silveira, A alma heróica dos homens, 1924)

24 de Abril 
Dia Internacional do Jovem Trabalhador

 A juventude é a época de se estudar a sabedoria; a velhice é a época de a praticar.

MOTIVO CIBERNÉTICO

Polimultiplurimáquinas
estiram os nossos nervos
nos giros da exatidão.

No campo vibrante
de circuitos e painéis,
tecniscravos apascentam
rebanhos sagrados
de monstros eletrônicos.
(Helena Kolody, Tempo, 1970)

23 de Abril – Dia da Aviação

"Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar."
                                         Leonardo da Vinci


“Tem certas manhãs azuis em Curitiba, mas tão azuis, tão azuis, que eu tenho certeza: Helena Kolody acordou cedo e olha por todos nós”.
          Paulo Leminski

22 de Abril – Brasil 512 anos









”...
Brasil, terra boa e gostosa
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente.
O Brasil, verde que dá
Para o mundo admirar.
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!...
Esse coqueiro que dá coco,
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar.
Ô! Estas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar.
Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro,
Terra de samba e pandeiro.
Brasil!... Brasil!”
 (Aquarela do Brasil, Ary Barroso, 1939)

"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão."
                                               Paulo Freire


21 de Abril - Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746 - Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional. O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. 
                                       Fonte: Wikipédia

“Há dois tipos de temas em minha poesia: os que refletem meu próprio Eu, confessionais, e os que mostram minha preocupação com os outros e com os problemas do mundo, ou seja, temas do eu íntimo e do eu social. Uso muito imagens, metáforas, símbolos tirados da paisagem. Sou uma enamorada da beleza do mundo que me cerca”.
                                  Helena Kolody

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Exílio

Somos tão estrangeiros nesta vida!

Vivemos doloridos e insatisfeitos.
Há sempre uma farpa
Cravada num nervo sensível.
Em tudo, uma ausência,
Um travo de imperfeição.
                         Helena Kolody

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca,  e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade”.
                                                       Carlos Drummond de Andrade.

Carlos Drummond de Andrade enviou em 1980 uma pequena carta à poetisa Helena Kolody, onde dizia: “Tão simples, tão pura - e tão funda - a poesia de Infinito Presente. Você domina a arte de exprimir o máximo no mínimo, e com que meditativa sensibilidade!”.

quarta-feira, 18 de abril de 2012


Araucária,
Nasci forte e altiva,
Solitária.
Ascendo em linha reta
- Uma coluna verde-escura
No verde cambiante da campina.

Estendo braços hirtos e serenos.

Não há na minha fronde
Nem veludos quentes de folhas,
Nem risos vermelhos de flores,
Nem vinhos estonteantes de perfumes.
Só há o odor agreste da resina
E o sabor primitivo dos frutos.

Espalmo a taça verde no infinito.
Embalo o sono dos ninhos
Ocultos em meus espinhos,
Na silente nudez do meu isolamento
     (Helena Kolody, Paisagem Interior, 1941)
19 de Abril - Dia do Índio
 “Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

 

E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

Trecho do Poema “Canção do Tamoio” de Gonçalves Dias