Não sou a favor do “vale tudo” na forma de falar e,
principalmente, escrever. Há que se ter alguns requisitos que são
indispensáveis para construir um texto razoável. Coerência e coesão, por
exemplo, são algumas qualidades necessárias em um bom texto.
Entretanto, vale ressaltar, que não sou a favor dos
exageros e exigências. Acho que é por falta de algo mais importante para fazer
que ficam “bolando” pegadinhas nos testes gramaticais ou exigindo textos
complexos. Esses pseudo-intelectuais querem transformar a nossa bela Língua
Portuguesa numa mulher pedante, complicada e inconquistável.
O simples, sem ser simplório, é o ponto de equilíbrio.
Mas cá, pra nós, que ninguém sabido me leia ou me
ouça: como é gostoso trocar mil reais por “mir conto”... É mais macio e mais
palatável.
Eu, quando escrevo certo, não é por competência, é por
hábito: o boi velho também nunca erra o caminho; desce o morro e vai para o
cocho de sal; vai beber água, todo dia, no mesmo horário e seguindo o mesmo
caminho, embora não saiba ver as horas nem conheça mapas; é a força do hábito; faz
isso desde que era um pequeno bezerro.
Autor: João Faustino da Silva - o que queria ser simplesmente “João Majó”
Autor: João Faustino da Silva - o que queria ser simplesmente “João Majó”
(Trecho da crônica "Coisas da Nossa Língua")
Nenhum comentário:
Postar um comentário