"Pintou estrelas no muro e teve o céu ao alcance das mãos."

segunda-feira, 19 de março de 2012


“Ser” Helena
Helena! Tenacidade tênue...
Helena toca o tempo, mas, não é cronológica!
Não, não há “cronos”, o que existe é certa castidade que cristaliza, enterra raízes, não dá frutos, somente sombra fresca..
Saibam! Logo que li Helena, eu quis sê-la, pois também sinto ser o mesmo: a mesma árvore casta; suavidade de sombra, segurança de ser sossego, ensinando com singeleza.
Contudo, afinal, não é só isso!
Sombra cessa e enjoa de si mesma.
Ela é suave, mas nunca suportou ser sem sabor... 
Por isso, fez do amor armadura, foi fatídica, ferrenha!
Amou e aniquilou-se...
Achou nobre o “Nunca Mais”! Nunca mais a Helena amou...
Anulou-se com nobreza!
É, eu quis ser Helena, já não quero mais...
Nobreza não nidifica, não cria raízes e tão pouco as entrelaça!
Se pudesse ser menos suave, a vida seria mais sua, seria a semente.
Seria o fruto matando a fome que há em seu poema!
Um rebento em vez de recordação!
Sim, eu a leio Helena; eu a leio e é lindo, entretanto, é leve...
Seu “Nós” não desata seus nós, não desarma o amor! 
Para desabrochar precisa ser brusco, instantâneo!
Quem é apenas sonho, sonha eternamente...
Sombra segura de árvore secular!
Sensível, serena, mas estéril!
                   Autora: Professora Fernanda Elena

Um comentário:

  1. Todo professor tem um pouco de poeta na alma.
    A professora Fernenda Helena Tem a alma de um poeta.
    Lucia Maria Siqueira de Oliveira

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